Kitesurf e windsurf: saia do comum nas férias!
Hoje em dia, há opções de viagens para agradar gregos e troianos. E não é para menos, já que pessoas diferentes possuem objetivos diversos. Enquanto algumas querem relaxar, outras buscam novas experiências. Se esse é o seu caso, por que não fazer uma viagem focada em esportes e regada a bastante adrenalina?
Com a correria do dia a dia e o estresse causado por ela, tirar um tempo para o lazer é importantíssimo. Nesses casos, o que poderia ser melhor que uma viagem cheia de emoção? Com a prática de esportes radicais, como kitesurf e windsurf, o corpo produz diversos hormônios — adrenalina, endorfina e dopamina — responsáveis pela sensação de prazer e bem-estar.
Quer saber mais sobre esses esportes e inclui-los na programação de sua próxima viagem? Continue a leitura!
O que são kitesurf e windsurf?
Kitesurf
Criado em 1985 por dois irmãos franceses, Bruno e Dominique Legaignoux, o kitesurf é um esporte aquático que utiliza, resumidamente, uma pipa (que pode ser chamada também de kite — pipa, em inglês — ou papagaio) e uma prancha. O kitesurfista desliza na água em cima da prancha puxado pela pipa, com a força do vento.
Além destes dois componentes, o kitesurf também conta com um cinto, uma barra de controle e linhas de voo. O praticante se conecta com o resto do equipamento por um cinto que, por sua vez, é conectado à barra de controle, linhas de voo e à pipa, respectivamente.
O cinto serve para se fixar ao resto dos equipamentos, evitando perdas em caso de queda, e para conseguir um maior controle. Já a barra de controle determina as direções da pipa. As linhas de voo, normalmente entre quatro e cinco, conectam a barra de controle à pipa.
É muito importante que, antes de praticar o esporte, o praticante faça cursos para aprender a surfar corretamente, evitando riscos por inexperiência.
Windsurf
Patenteada na década de 70 por Jim Drake e Hoyle Schweitzer, é um esporte que combina elementos de surf e de navegação à vela. Ele contém uma prancha de surf com uma vela fixada, que é movimentada com a força do vento.
A prancha possui, em média, entre dois metros e meio a três metros, e tem tiras em que os pés ficam enfiados para dar segurança ao surfista.
A vela tem a função de capturar a força do vento e de fazer com que a prancha se mova, e pode ter de dois a cinco metros de altura. Ela é fixada na prancha pelo mastro, que confere suporte e forma à vela.
Há também vários outros instrumentos, como a retranca, que ajuda o windsurfista a direcionar e controlar a vela, além de manter o formato. Há também o pé de mastro, que é o que fixa o mastro à prancha.
Além deles, temos a quilha, os extensores e o trapézio. O primeiro está localizado na parte inferior da prancha e tem a função de direcioná-la. Os extensores servem para deixar a vela esticada e o trapézio funciona para que o praticante possa usar o peso do corpo e não forçar muito os braços.
Assim como no caso do kitesurf, é recomendado que sempre façam cursos e aulas antes de se arriscar no mar por conta própria sem conhecimento.
Onde posso praticar estes esportes?
Engana-se quem acha que é necessário fazer viagens internacionais para praticar estas atividades. No Brasil há vários locais com praias lindas, águas mornas e, principalmente, com ventos na medida certa para a prática do kitesurf e windsurf. Conheça alguns destinos perfeitos para quem busca muita diversão!
Jericoacoara — CE
Localizada a 300 km de Fortaleza e conhecida por seus ventos fortes de aproximadamente 30 nós, Jericoacoara é um dos melhores pontos para a prática de windsurf e kitesurf do Brasil. A cidade cearense recebe os ventos do continente africano durante o ano inteiro, com épocas melhores entre julho e janeiro.
Apesar dos ventos carregados, nada impede que iniciantes possam praticar esses esportes, já que Jericoacoara possui praias com ventos cross-shore, também chamados de side-shore, ideais para praticantes inexperientes. Tais ventos garantem uma maior segurança em caso de quedas.
As melhores praias para os iniciantes são Mangue Seco e Guriú, por possuírem ventos side-shore. Para os mais experientes, a enseada de Jeri e a praia da Malhada são as melhores.
Chamada carinhosamente de Jeri, a vila de pescadores de quase 20 mil habitantes sabe receber seus turistas, com uma ótima estrutura de restaurantes e pousadas para todas as preferências. Além da prática do wind e kitesurf, a vila possui vários tipos de passeio, como buggye sandboard nas dunas, caiaque no manguezal e até mesmo cavalgadas.
Cumbuco — CE
Também localizada no Ceará, a praia do Cumbuco está a cerca de 27 km de Fortaleza e pertence ao município de Caucaia, região metropolitana da capital. É excepcional na sua recepção com os turistas e possui mais de 40 hotéis e pousadas, além de mais de 20 restaurantes com gastronomias internacionais e regionais.
Sua posição privilegiada na costa oeste do Ceará favorece a prática de kitesurf e windsurf nesse local. Não é à toa que Cumbuco é conhecida como a capital brasileira do kitesurf, por conta dos seus ventos fortes e de suas ondas poderosas.
Suas dunas beneficiam o aumento da velocidade do vento, que atingem a faixa de 20 a 30 nós. Com isso, é possível fazer um downwind (velejar a favor do vento) e chegar à lagoa do Cauípe, a 10 km de Cumbuco, que é o ponto da galera e fica cheia nos finais de semana.
Cumbuco também fornece passeios de buggy nas dunas, que podem contar também com a descida de paredões de areia. Além do buggy, há passeios a cavalo, jangada e quadriciclo. Atente-se para contratar apenas agências que sejam referência na região.
São Miguel do Gostoso — RN
Com cerca de 10 mil habitantes, a vila de pescadores potiguar fica a um pouco mais de 100 km de Natal, capital do estado. É conhecida mundialmente por suas praias espaçosas, ventos caprichados e constantes e suas águas mornas. Sua melhor época é de setembro a março, tendo picos maiores de ventos entre outubro e dezembro.
Uma curiosidade sobre São Miguel do Gostoso é que a cidade é conhecida por ser “a esquina do continente”, porque fica bem na ponta oeste do continente sul-americano. Além disso, é praticamente onde termina a rodovia BR-101, que acompanha o litoral brasileiro desde o Rio Grande do Sul.
Gostoso, assim chamada carinhosamente por seus nativos, é um local ótimo para iniciantes aprenderem a surfar pelos ventos não serem exagerados —18 a 25 nós apenas — e serem da categoria side-shore, excluindo o risco de surfistas serem afastados da praia. Outro bônus é a existência de uma região plana, sem ondas, que facilitam o velejo.
A praia preferida dos wind e kitesurfistas é a Praia do Santo Cristo. Primeiro, por possuir uma barreira de corais que propicia uma região sem ondas para fazer manobras e ajudar inexperientes. Segundo, pelas escolas e guarderias que alugam equipamentos estarem concentradas mais nessa praia.
Gostoso é uma cidade bem calma, bucólica e simples. Visitá-la é como voltar ao tempo, em que alguns dos melhores programas incluem alugar uma bicicleta, conhecer a cidade a pé ou apenas conversar com os moradores e ouvir as suas histórias. Também é possível alugar um quadriciclo, apesar de ser proibida a circulação de veículos nas praias.
Como podemos ver, viagens para a prática de esportes podem ser muito benéficas para o corpo e para a mente. No Brasil, há diversas cidades para praticar kitesurf e windsurf, das mais badaladas às mais calmas. E aí, está preparado para planejar a sua próxima aventura?
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