Conhecer o Piauí: descubra os encantos deste estado
Você alguma vez já pensou em conhecer o Piauí nas suas férias no Nordeste? Nesse mesmo local onde foi criado o estado, antes da colonização portuguesa, diversas tribos indígenas ocupavam o espaço.
Estima-se que na época da colonização, cerca de 150 tribos residiam no território que hoje pertence ao Piauí. Porém foi somente na segunda metade do século XVII que a colonização desse território foi realmente efetivada.
Muito além da riqueza histórica que o estado possui, há também as belezas naturais que encantam os turistas que vão conhecê-lo. Repleto de cachoeiras, praias e monumentos geológicos, o Piauí deve ter uma atenção especial dos viajantes.
Quer saber mais sobre os tesouros escondidos do Piauí? Continue lendo nosso texto e confira as nossas nove dicas sobre os encantos desse estado.
Conhecer o Piauí: um dos tesouros do Brasil
Com uma área de 251.529 quilômetros quadrados, o Piauí faz fronteira com os estados do Maranhão, Ceará, Pernambuco, Bahia e Tocantins. O Piauí não é muito escolhido como destino de viagem, até porque sua capital, Teresina, é a única do Nordeste brasileiro que não é banhada pelo mar.
No entanto, o estado possui diversos pontos turísticos, que vão desde aventuras em parques nacionais, passando por cidades históricas, até chegar nas praias que não devem deixar de ser exploradas.
O clima no estado é semiárido em seu interior e tropical no restante do território. O relevo é composto por terrenos baixos e arenosos na região litorânea, depressão na região do Sudoeste e o planalto é encontrado no restante de seu território. Assim, o ponto mais alto do estado é a Serra Grande, com 865 metros de altitude.
A vegetação é composta por mangue na região litorânea, Mata dos Cocais no oeste e caatinga na maior parte do estado.
O Piauí também guarda um dos principais patrimônios naturais do mundo, que é a Serra da Capivara, com importantes sítios arqueológicos. E na região litorânea, os visitantes podem conhecer o Delta do Parnaíba, a única formação existente nas Américas.
Devido à influência das tribos indígena locais, o Piauí tem, como base em sua culinária, ingredientes como a farinha de mandioca, o palmito, a macaxeira cozida no sal, o milho, o mel, os peixes, crustáceos, a manteiga da terra e a abóbora.
Por influência portuguesa e africana, a culinária piauiense ganhou incrementos que se juntaram à alimentação local. Alguns pratos típicos da região são o Maria Isabel, uma mistura de arroz cozido com carne de sol picadinha e cheiro verde, o bolo de goma, o bolo frito, o bode assado e o sarapatel.
Ficou interessado e quer saber mais sobre os pontos turísticos do Piauí? Continue lendo este texto e saiba mais sobre os encantos deste estado.
Tesouros do Piauí: conheça Barra Grande
O litoral do Piauí é o menor dentre os estados brasileiros. Com apenas 66 quilômetros, o estado guarda uma das mais belas praias do país. Essa praia é pouco visitada por brasileiros, no entanto é bastante conhecida pelos estrangeiros que fazem turismo no Brasil.
A Barra Grande é um destino muito famoso e escolhido por quem gosta de praticar esportes de aventura, como o kitesurf, devido aos fortes ventos que existem na região.
Além das atividades no mar, quem gosta do estilo de vida outside pode fazer a trilha do cavalo marinho.
Para a preservação da fauna local, há um trabalho de conscientização para que não se ande com nenhum automóvel na areia da praia, devido a proteção da desova das tartarugas marinhas.
A praia fica no pequeno município de Cajueiro da Praia, localizada a apenas 65 km de Parnaíba e seu aeroporto internacional. A partir da capital Teresina são 400 km de carro, a viagem dura cerca de quatro horas.
O clima é tropical e semiárido. As temperaturas locais são mais constantes e chegam aos 25 ºC nos meses mais secos, que vão de junho a setembro. Os meses de janeiro a maio são mais chuvosos.
Tesouros do Piauí: conheça o Delta do Parnaíba
O delta é formado quando a foz de um rio se abre em canais. Dessa forma, pequenas ilhas são formadas até o rio desaguar no mar. Esse tipo de fenômeno é raro e ocorre apenas em alguns lugares no mundo, como no Rio Nilo, na África, no rio Mekong, no Vietnã, e no rio Parnaíba, aqui no Brasil.
Localizado entre o Piauí e o Maranhão, o Delta do Parnaíba fica no final do Rio Parnaíba, se abrindo em cinco braços que envolvem as 73 ilhas fluviais, em uma área de 2.700 km². Essa união de situações forma cenários paradisíacos, com praias, restingas, dunas e florestas de mangue.
Os cinco canais, nos quais o rio se abre, são chamados de Barra de Tutóia, Barra do Caju, Barra das Canárias, Barra da Melancieira e Barra do Igaraçu. O Delta é um dos destinos que integra a Rota das Emoções.
Esta rota envolve paraísos naturais que estão presentes nos estados do Maranhão, Piauí e Ceará e fazem parte desse turismo conjugado. Quem gosta de aventura, ao fazer essa viagem, tem a oportunidade de conhecer os Lençóis Maranhenses, no Maranhão, e Jericoacoara, no Ceará.
Um dos principais passeios do arquipélago começa pelo porto dos Tatus, que fica na Ilha Grande, a 9 km do Parnaíba. Todos os dias, lanchas levam os turistas para conhecer a Ilha dos Guarás, pássaro de plumagem vermelha, símbolo do delta. Ao pôr do sol, eles chegam aos milhares, colorindo a paisagem e encantando os visitantes.
A avistagem de macacos, guaribas (bugio) e pregos, ao amanhecer é também uma experiência inesquecível no Delta do Parnaíba.
Outra área muito procurada pelos turistas é a Ilha das Canárias, a segunda maior ilha do Delta, que abriga pousadas rústicas e um povoado de pescadores. A ilha é uma área de preservação ambiental, que faz parte da reserva extrativista marinha do Delta.
Para chegar lá, o principal portão de entrada é a cidade de Parnaíba, conhecida como a Capital do Delta. A cidade fica às margens do Rio Igaraçu e conta com ótima estrutura de hotéis, pousadas e restaurantes. O aeroporto da cidade recebe voos semanais direto de São Paulo, com conexão para outras cidades brasileiras. O Porto das Barcas, o casario colonial, as igrejas e praças seculares e a praia da Pedra do Sal são os pontos mais visitados dessa cidade, que é também um polo estudantil e possui vida noturna agitada.
Tesouros do Piauí: conheça o Parque Nacional de Sete Cidades
Com uma área de 6.221 hectares, o Parque Nacional de Sete Cidades foi criado em 1961. Essa região contempla um dos mais importantes sítios arqueológicos do nosso país, diversos monumentos geológicos e várias nascentes que surgem no Piauí semiárido.
O parque fica no antigo território dos índios Tabajaras. Com curiosas formações rochosas, os monumentos de 190 milhões de anos foram divididos em sete conjuntos, por isso que veio esse nome “Sete Cidades”.
A fauna e a flora local são muito ricas. Pelo parque é possível encontrar onça-parda, gato e cachorro do mato, o veado-mateiro, tucano, falcão tropical, paca e o mocó, um roedor que fica nas rochas areníticas dos monumentos geológicos. Outros animais que podem ser encontrados são as aves corrupião e xexéu, que chamam a atenção pela sua beleza.
Quando falamos da flora local, a vegetação encontrada é a de transição do cerrado e da caatinga. É possível encontrar espécies de murici, pau-terra, palmeiras, carnaúba, tucum e buriti.
A cachoeira, o mirante, o Poço d’água dos Milagres, a “Biblioteca”, “Arco do Triunfo”, a Pedra do Elefante, a Gruta do Catirina e as inscrições rupestres são pontos imperdíveis para quem visita esse importante Parque Nacional.
O clima é quente e semiárido e a região tem seis meses de seca. A temperatura anual fica em torno de 25 ºC, mas ela também pode atingir a máxima de 39 ºC e a mínima de 12 ºC. A pluviosidade fica em torno dos 1000 e 1250 milímetros anuais.
Para chegar no parque, a cidade de Piripiri é um dos pontos de entrada. Do centro até a entrada do parque são 26 km.
Tesouros do Piauí: conheça a Serra da Capivara
Você não pode deixar de visitar o Parque Nacional da Serra da Capivara que foi transformado em Patrimônio Mundial da Unesco.
Considerado um museu a céu aberto, o parque guarda paisagens únicas, com cânions, baixões, serras e pinturas rupestres do período pré-histórico. Os vestígio mais antigos vão além dos 50 mil anos, superando qualquer outro achado do tipo nas Américas. A arte rupestre ali encontrada mostra uma grande complexidade de formas, cores e temas.
Quem for visitar o parque não pode deixar de fazer os passeios nos circuitos Baixão da Pedra Furada, no Desfiladeiro da Capivara, Baixão das Andorinhas e da Serra Branca. Você também não pode deixar de caminhar pela trilha Interpretativa Hombu, da Energia e pelos circuitos esportivos da Chapada.
A fauna e a flora da serra são um espetáculo à parte e o parque mantém uma infraestrutura de visitação que proporciona uma boa experiência ao viajante.
Em um relevo acidentado, a região tem um clima semiárido e os períodos são alternados entre a chuva e a seca, que provocam mudanças muito marcantes na paisagem.
No período de chuva, a vegetação apresenta cores vivas e na época da seca, as plantas perdem as folhas. É nesse período que as formações rochosas ficam mais imponentes.
Para chegar no parque, a cidade que serve como base é São Raimundo, que fica a uma distância de 41 km.
Tesouros do Piauí: conheça a cidade de Pedro II
Localizada na Serra dos Matões, a cidade de Pedro II guarda belíssimas paisagens naturais.
A principal economia da cidade é a extração de pedras preciosas, e os destaques são para as minas de opalas, umas das mais belas e puras encontradas no mundo.
Outro ponto forte na região é o artesanato feito à base de fio de algodão, utilizado para confeccionar peças de tapeçarias e redes.
Já nas belezas naturais, os turistas se encantam pelo Morro do Gritador, um cânion de 280 m de altura e com a altitude de cerca de 730 m acima do nível do mar. A cachoeira do Salto Liso, com uma queda de 30 m de água fria e cristalina, também atrai os visitantes.
Em Pedro II, também é possível encontrar sítios arqueológicos que guardam a vida dos homens pré-históricos que viviam nessas terras. Com mais de 200 painéis de sítios arqueológicos catalogados, apenas quatro deles oferecem estrutura para visitação. Sendo eles a Serra do Quinto, o Buriti Grande dos Aquiles, Torre 1 e 2. Essa visitação deve ser feita com a companhia de um guia especializado.
Esse cenário, com cachoeiras, formações rochosas e trilhas, é ideal para quem gosta de praticar esportes de aventura ou apenas desfrutar do que a natureza tem para oferecer.
A arquitetura da cidade é contemplada pelo estilo português. Marcas que vieram com a colonização da região.
Quando estiver na cidade, não deixe de visitar:
- o Memorial Tertuliano Brandão Filho, com um acervo de documentos e imagens da cidade;
- a Junta Comercial, que abriga o centro de lapidação da opala;
- a Igreja Nossa Senhora da Conceição, criada no século XVIII;
- o Mercado do Artesão e o Solar da Estrela Marrom;
- a casa do coronel Domingos Mourão Filho, que foi bombardeada por ordem do governo.
Devido a sua localização, a cidade possui um clima mais ameno que contribui para a visitação durante o ano todo.
Tesouros do Piauí: conheça a capital Teresina
Depois de tanto descrevermos destinos brasileiros, com diversas belezas naturais no Piauí, você não pode deixar de conhecer Teresina. Quem não conhece a cidade imagina que não há nada para fazer ou conhecer na capital do Piauí. Porém você não pode se enganar.
Esse nome surgiu em homenagem à imperatriz Teresa Cristina Maria de Bourbon e o marco inicial da cidade foi estabelecido pelo Conselheiro Saraiva, um baiano que decidiu que Oeiras seria descentralizada para ser a capital das terras do Piauí.
Quem quer saber mais da história do estado não pode deixar de visitar o Museu do Piauí, que é um belo prédio de estilo colonial e já foi sede do Governo da Província e do Poder Judiciário. Atualmente, esse espaço abriga as peças históricas.
A única capital do Nordeste que não é banhada pelo mar recompensa essa falta com os pontos turísticos da cidade. O passeio mais tradicional de Teresina é feito no encontro dos rios Poti e Parnaíba.
A tour tem início no Parque Ambiental Encontro dos Rios, no bairro Poti Velho, e é lá que acontece o encontro do rio Poti com o Parnaíba, que faz a separação entre os estados do Piauí e do Maranhão.
Na entrada do Parque, você pode encontrar uma estátua do Cabeça de Cuia, uma figura lendária da cidade. Segundo a lenda, Crispim era um jovem que morava nas margens do Rio Parnaíba com sua família.
Devido ao estado de carência da região, a mãe do jovem o serviu com uma sopa rala com ossos. Com raiva, Crispim atacou com o osso a sua mãe que faleceu ao ser atingida na cabeça. No entanto, antes que sua mãe morresse, ela lhe jogou uma maldição.
Crispim possuía uma enorme cabeça de cuia, deveria vagar pelo rio e só se libertaria da maldição após devorar sete virgens com o nome de Maria.
Enlouquecido, Crispim correu até o rio Parnaíba, onde se afogou, e nunca mais foi encontrado. Tornando-se, assim, uma história da cidade.
Deixando um pouco da lenda urbana de lado, você pode seguir viagem até o Complexo Turístico da Ponte Estaiada João Isidoro França. Seu principal atrativo é a ponte que foi projetada em comemoração aos 150 anos de Teresina, em 2010.
Além de ter se tornado ponto turístico, a ponte é muito importante para Teresina, pois é ela que liga a região do centro até o leste da cidade, passando sobre o Rio Poti. Os visitantes, que estiverem por lá, podem fazer um passeio de elevador panorâmico e apreciar uma bela vista da cidade, dos rios e das copas das árvores.
Quem gosta de artesanato de cerâmica não pode deixar de conhecer outro ponto turístico, em Teresina, que é o Polo Cerâmico do Poti Velho. Desde a década de 1960, esse bairro vem sendo o ponto principal da produção de cerâmica do estado do Piauí.
Foi somente no ano de 2006, que foi criado o polo com cerca de 50 oficinas e mais de 300 famílias envolvidas na produção da cerâmica.
O clima no Piauí é tropical-quente, nesse caso, a cidade fica quente durante a maior parte do ano. O período de chuva ocorre entre os meses de dezembro a maio.
Tesouros do Piauí: conheça o Cânion do Rio Poti
O Cânion do Rio Poti foi esculpido pela passagem do rio por uma fenda geológica que fica na Serra da Ibiapaba, localizada entre o Piauí e o Ceará. Essa serra se estende pelos municípios de Crateús, no Ceará, Buriti dos Montes, Castelo do Piauí e Juazeiro do Piauí, no Piauí.
Localizado a cerca de 230 km da capital, o cânion fica no município de Buriti dos Montes. Para ter acesso a esse espaço, existem duas entradas próximas, uma pela cidade de Castelo do Piauí e a outra por Juazeiro do Piauí.
Esse acontecimento criou paisagens incríveis, no qual deve-se preservar o relevo, a fauna e a flora local. Ainda pouco visitado, o Cânion do Rio Poti atrai pessoas que gostam de fazer ecoturismo e se aventurar pelo interior do país.
Além de toda essa beleza selvagem, pesquisadores de diversas áreas também estão interessados em estudar as inscrições rupestres, a fauna, a flora e os monumentos geológicos.
As marcas pré-históricas encontradas no cânion se diferenciam das encontradas na Sete Cidades e na Serra da Capivara, pois no cânion a maioria das inscrições foram esculpidas em baixo-relevo e trazem formas de figuras geométricas.
O rio Poti nasce no Ceará e passa por uma falha geológica até chegar ao Piauí. Ao chegar na cidade de Buriti dos Montes e ao encontrar esse fenômeno natural, que é o cânion, o rio atravessa a serra da Ibiapaba até desembocar no rio Parnaíba e seguir para o mar.
Os paredões que estão na garganta chegam a mais de 50 m de altura. Quem gosta de esportes de aventura pode praticar o canionismo, um esporte que consiste em explorar a descida de um rio sem embarcações, o rapel, o trekking e a canoagem.
Cheia de escavações feitas pela passagem das águas, diversas formas e cavernas foram criadas. Deixando o local com um cenário ainda mais belo. Com áreas pouco exploradas, o local, também, é ideal para quem gosta de acampar.
Tesouros do Piauí: conhece o Parque Ecológico da Cachoeira do Urubu
Localizado a apenas 180 km de Teresina, o parque pertence aos municípios de Batalha e Esperantina. A cachoeira ocupa uma região com águas cristalinas e várias quedas, sendo que a principal delas tem 12 m de altura.
Para facilitar o acesso às duas margens, uma passarela de 400 m foi construída e permite a observação das belezas naturais do parque. O local dispõe de equipamentos como sanitários, restaurante, bar, área de camping, hotel, quadras, áreas de lazer e espaços para piqueniques.
Para chegar ao parque, você pode iniciar sua viagem pela cidade de Esperantina, que fica à 21 km do parque.
Para visitar o parque, o período ideal para isso é ir durante o primeiro semestre do ano. Devido às chuvas, as quedas d’água ficam mais cheias e são um espetáculo para quem o visita.
O Piauí é um destino pouco explorado pelos turistas. Sabemos que muito desse espaço ainda precisa ser conhecido e visitado. Depois de ler tudo sobre os mais variados pontos turísticos do Piauí é impossível não querer conhecer esse lugar.
O estado oferece uma diversidade de lugares naturais que devem ser conhecidos e estudados. Além de oferecer locais para quem gosta de praticar esportes de aventura e relaxar em meio à natureza.
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